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Estes dias eu sinto que ela está, fantasma tímido e agudo, mas não chega tão perto. As vezes se esgarça pelo corredor, reiterando qualidades de arrepio e câimbra. Não traz nada, aliás, assume o vazio, como se nele mergulhasse a cada instante.Essa pequena grande depressão, ela não se gaba do tamanho nem da qualidade. A sua presença é sua principal plataforma. Constantemente manda  sinais. Está no fundo de uma lembrança irretocavelmente feliz de infância. Na parede de uma canção. No rosto de um amigo que se perdeu, na Alemanha, no metrô azul, na torre chinesa, Nordfriedhof. No amigo que morreu, cuja voz está enclausurada na lembrança. No colo pintado da mãe, seu cheiro. Nos cabelos enrolados das crianças. Ela está perdida em seus encontros mais precisos.

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Sobre aquela depressão